Engraçado como desde a chegada do Gilson Kleina, a expressão, a postura do Palmeiras em campo mudou. O time apático, antes dirigido por Felipão simplesmente deixou de existir e deu lugar a uma equipe aguerrida, confiante, que marca à frente e ataca com voracidade.
Primeiramente, gostaria de deixar claro que não era 100% à favor da saída do Felipão. É meu ídolo, um dos maiores se tratando do Palmeiras, e tenho certeza que também é assim com vocês.
Mas porra... Todo ciclo uma hora tem de terminar, né? Ele já não vinha vivendo um mar de rosas com o elenco, tava naquela de barrar um, barrar outro, fazer certas substituições por birra... Certamente, uma hora iriamos entrar em queda livre. E foi o que aconteceu.
O time deu uma mostra de que iria reagir no jogo contra o Sport, no Pacaembu. Coitado de nós, 30 mil bobos esperançosos lotando o Pacaembu, e saindo de lá mais esperançosos ainda com um 3x1 na sacola, e mais um punhado de esperança pro jogo contra o Galo, fora de casa. Doce ilusão: 3x0 para os mineiros, depois 3x1 para o Vasco, e o Palmeiras afundado na zona. Situação insustentável para o Bigode: o time não mostrava um pingo de esforço, e já entrava em campo vendido para os adversários, que só tinham o trabalho de colocar a bola na rede. Se continuasse daquele jeito, não há dúvidas que a essas horas, já estariamos rebaixados.
E enquanto os mais conservadores batiam o pé, caia o mestre, a última esperança de muitos contra o rebaixamento. Na fatídica quinta-feira pós-derrota para o Vasco, após reunião na cúpula, decidiu-se que o melhor para ambas as partes, era a saída de Felipão. O fim?
Sem pai e sem mãe, o Palmeiras ia com o interino Narciso para o clássico. Os jogadores já mostravam um empenho diferente na partida, porém extremamente nervosos e desorganizados. Luan,
meu querido Luan foi expulso logo no início, e como costuma fazer com a bola, jogava no mato as nossas poucas esperanças de vencer o clássico. Jogo simples, e o Corinthians, que nada tinha a ver com a nossa situação, só fez sua parte: um 2x0 tranquilo.
O fim?
Eis que depois de uma semana de calafrios para o palmeirense, quando que se falava em Leão, Falcão, Adilson Batista e afins, a diretoria, para o espanto de muitos fez a escolha mais certa possível: Gilson Kleina. O mercado se mostrava restrito, com poucas opções. Chegamos a ir atrás de Jorginho, o dono da preferência entre a torcida e diretoria. Mas honesto, Cantiflas, que iniciava trabalho no Bahia, deixou claro que só viria com a liberação dos diretores baianos. E óbvio, não liberaram. Gilson, de fato era a mais plausível opção depois do Sobrancelha.
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O primeiro ato de Gilson Kleina no Palmeiras: uma longa conversa com o elenco. |
O estilão rabugento, cheio de gritos e broncas de Felipão deu lugar à calma, conversa e à constante motivação de Kleina aos jogadores. E o gêmeo de Ulisses Costa chegou com sorte: estreou de cara com Assunção voltando ao time e com a zaga completa. Fora de casa, o Palmeiras já parecia outro time em campo: 3x1 no Figueirense, sendo que os dois primeiros gols sairam antes mesmo dos 10 minutos de jogo, e originados dos pés de Assunção. No outro sábado, 3x0 na Ponte Preta, que não perdia haviam 8 jogos. Dessa vez, 2 gols vieram antes dos 15 de jogo, e o terceiro veio dos pés dele, sempre ele, Marcos Assunção. Terça-feira, teve Copa Sulamericana. Foco ainda no Brasileiro, fomos de time misto, sem o Kid. Falta de elenco? Nada disso. Mais 3 gols, dessa vez não tão rápido, mas a média foi mantida.
Na minha opinião, os três primeiros jogos sob nova direção foram relativamente fáceis, não dá pra dizer que não. Mas ficou clara a vontade renovada do elenco em fugir da degola. Sábado vem a prova de fogo, contra o São Paulo, no Morumbi (onde não vencemos há eras). Nessa ocasião, pra quem precisa vencer 6 de 11 jogos restantes, um empate viria de ótimo grado.
Ansiedade? Imagina...